Ter insónias é uma coisa que me aborrece. E juntamente com os jantares pesados, as visitas de que não se está à espera, os talheres e loiças mal lavados, a chuva inesperada a meio dos passeios pela quinta e tudo o resto que me arrelia é também das situações mais recorrentes na minha vida. O meu falecido papá costumava dizer de ar enfadado no rosto e copo de conhaque na mão que todas as nossas maleitas têm gosto em se acotovelar à nossa porta. Foi em parte por me lembrar disso que o matei com uma machadinha de carne no meio da testa. O papá sempre odiou roupa manchada e não me lembrei de melhor para lhe sujar o pijama de flanela. Mas como ele sempre teve um espírito de fina ironia, sem dúvida que ambos ainda nos riremos bastante desta pequena partida que lhe preguei.
Mas não nos apressemos, pois eu, tal como o papá, sempre odiei gente que acha que o tempo tem prazo de validade.
As minhas insónias. Um incómodo, dizia eu. E são raras as noites que me recordo de não as ter. Deitava me pontualmente, desde criança, às 22h, pois o sono depois das doze vale menos do que bronze, como dizia a mamã, para me levantar às sete e dar trabalho à retrete, ainda nas palavras sábias da mamã, que as aprendera com a sua avó, que as aprendera com a sua mãe, que as aprendera com a sua mãe, que as aprendera com a sua mãe, que as aprendera com a sua tia, numa feliz cadeia de saber feminino que remontava pelo menos à esposa do tio de Martim Moniz, Mono Martins, de que a família da mamã se orgulhava de descender em linha quase directa, quase pura e quase isenta de mordomos e moços de estrebaria mais viris do que o apropriado numa casa de respeito.
Salvaguarde se, porém, que tenho informações rigorosas de que no tempo de Martim Moniz e seu tio as retretes funcionavam de modo algo diferente dos dias de hoje.
E assim, em grande parte das minhas noites permanecia deitado, no meu leito, com o meu pijama lavado de fresco, os lençóis aconchegados, um jarro e um copo de água em cima da cómoda para refrescar a boca e um penico debaixo do estrado para aliviar a garganta. Eu próprio me certificava de que tudo estava preparado para uma boa noite de sono, e por vezes a mamã ou o papá ainda faziam questão de fazer uma vistoria, nunca tendo reparado em nada que me escapasse.
E no meio da quinta silenciosa, no quarto quente e na cama lavada e aconchegante, estava eu deitado, de olhos abertos ou fechados, estendido de costas ou de lado, escutando o bater cadenciado do relógio de sala que o tio avô Hermínio trouxera de Goa, o latir do cão de pastor inglês antigo que o primo Rodrigo nos oferecera ao voltar de Oxford, o chiar do balde do poço no meio da estufa, e às vezes o ranger da cama da Maria dos Anjos, a nossa criada, que também ela sofria de insónias, embora as suas fossem sempre à quarta feira, felizmente o dia em que a mamã visitava a tia Graça e lá passava a noite.
Desde criança que as noites passavam muito devagar, mais devagar do que os dias, que eu ocupava a ler, a estudar, a ter aulas com os preceptores que vinham a casa ensinar me línguas vivas e mortas, história, geografia, física, matemática, história do cristianismo e outros saberes que o papá e a mamã tinham como ideais para a formação de um jovem de boas famílias. Algumas aulas tinha as sozinho, outras eram com Ricardina, a minha irmã.
A minha irmã: ainda não falei dela. Tenho lhe grande afeição. Crescemos e brincámos sempre juntos e creio que nunca houve desavenças entre nós, o que gerava grande contentamento nos nossos pais (irmãos queridos, legados protegidos era a sentença da mamã), que nos davam todas as liberdades, como dormirmos juntos, passearmos de mão dada por entre os crisântemos africanos da nossa estufa ou banharmo nos nus no ribeiro ao largo da nossa propriedade. Por isso era profundo o amor que nos unia e me fazia admirar sem rodeios o seu rosto oval e pálido, os olhos grandes, de grandes pupilas e ainda maior esclera, o cabelo negro caído em torno do pescoço e a inteligência erudita e espirituosa. O único incómodo que me causava devia se ao seu respirar e tossir de asmática, que por vezes se assemelhava ao estertor de um podengo doente que o papá abatera para não contaminar os outros galgos. Foi, aliás, o seu rosto magnífico e o medo de que qualquer outro método lhe causasse um perturbante ataque respiratório que me levaram a sufocá la com uma almofada na cabeça. Mas precipito me. O que me preocupava eram as minhas insónias e não as maleitas dos meus familiares. Que não rareavam, diga se.
Passei quase todas as noites da minha vida naquele estado insone e imóvel. Decorei todas as falhas do soalho, todos os sons da noite, todos os padrões dos lençóis e fronhas da minha cama, e até mesmo todas as molas às quais o meu corpo franzino não se acomodava na perfeição.
Creio que inicialmente essas minhas noites eram claras, de uma escuridão tão límpida e sólida que se assemelhava a uma parede de obsidiana que me cobria como um túmulo. Depois, sem que disso tivesse consciência, uma forma de nebulosidade começou a tapar a muralha que me sepultava. Era uma névoa espessa, como um banho de natas lento, de onde nasciam formas fantásticas que me divertia a identificar. Vi um potro, a rainha D. Amélia, madrinha da minha mãe, segurando o ramo de flores com que tentara afugentar os assassinos do marido, o primeiro ministro actual, um cisne, o cavalheiro Lord Dunsany com cujas obras o meu preceptor de inglês entendera fomentar o meu gosto por aquela língua, plantações de feijocas, um lagarto de Arduin e o meu tio Casimiro. Esta última visão divertiu me bastante, pois o tio Casimiro fora um irmão muito mais velho da mamã, de ideias desgovernadas, que há vinte anos se matara com um tiro de escopeta no quarto onde eu me encontrava agora, causando grande admiração à família por a escopeta ainda funcionar. E, de facto, aos meus olhos, o tio Casimiro continuava a envergar um orifício de um diâmetro considerável no peito, o que lhe prejudicava a elegância do casaco de montar e da camisa branca que sempre usava (roupa imaculada, alma purificada nas palavras de sua irmã e minha mãe).
Tomo me por pessoa de grande racionalidade, que procura lidar com o mundo de modo lógico e inteligente. Por isso, perante as imagens fantásticas que me surgiam diante dos olhos, mantive a circunspecção e examinei atentamente essas formas, decidido a obter delas o maior usufruto artístico que me fosse possível, tendo em conta a minha triste condição de insone inveterado.
(Uma palavra em favor do papá e a da mamã: ambos conheciam as minhas insónias e lidaram com elas no seu modo inteligente e nobre – o papá esboçou um pequeno sorriso, bebeu um gole de conhaque e emitiu um breve comentário sobre as vantagens de estar lúcido quando os que nos rodeiam estão incapacitados de falar. A mamã mostrou se dignamente preocupada e, depois de se assegurar junto do doutor Freitas, o médico de família que nos visitava, a minha relativa saúde, deu instruções à Maria dos Anjos para me preparar várias beberagens quentes, compressas peitorais e compostos aromáticos que facilitassem a chegada do sono. Já quanto à possibilidade de apoio psicológico, o papá e a mamã, tal como eu próprio, partilhavam da sensata opinião de que não era mais do que banha da cobra e curandaria. A doce Ricardina insistiu em fazer me algumas massagens nos pés, nas costas e noutras partes do corpo para me ajudar a dormir. Nada resultou.)
Todas aquelas formas (retomo agora a minha narrativa) se deixaram examinar sem problemas, permitindo me fazer várias observações sobre estes seres oníricos, que depois tive oportunidade de confirmar e desmentir durante algumas pesquisas na biblioteca do papá, que me deixaram maravilhado com a exactidão e fantasia da memória humana.
Todas as formas, disse eu? Engano. O tio Casimiro mostrou se um pouco intratável. Fitou me carrancudo e sibilou:
— Para onde raio estás a olhar?
(O tio Casimiro fora sempre um pouco comunista, tratando a restante família por tu.)
Continuei a examiná lo sem prestar grande atenção à sua rudeza, curioso por perceber os efeitos de um tiro de uma arma antiga disparada de tão grande proximidade.
— Pára de olhar para mim! Não sou nenhuma estátua.
O seu incómodo era evidente, pelo que, respeitando a minha boa educação, o passei a mirar de forma mais discreta, mas não menos interessada.
— Estás me a fazer olhinhos, ou quê?
Desta vez não me consegui conter e expliquei lhe que seria preferível juntar o pronome pessoal ao verbo principal e não ao verbo auxiliar, para não se assemelhar a um campónio – e eu sabia que a possibilidade de confundirem um parente seu com uma figura popular era coisa para dar um achaque à mamã.
— Não sejas parvo! Está certo das duas maneiras.
Ponderei contra argumentar que a minha proposta tornava o seu discurso mais claro e intuitivo, mas pareceu me inútil manter uma polémica com um filamento da minha imaginação, e prescindi de lhe responder.
— Agora estás me a ignorar, é?
Poderia alongar me, mas creio que é já óbvio que a nossa primeira conversa não foi das mais auspiciosas e terminou comigo a tentar ignorá lo e ele a tornar se cada vez mais agressivo verbalmente, embora, sejamos justos para com quem partilha os nossos frutos (palavras da mamã para exprimir a necessidade de sermos verdadeiros para com os nossos familiares), nunca esboçou qualquer gesto menos digno para comigo – e agora que penso nisso, provavelmente de nada lhe serviria fazê lo, estando ele morto, entre outros obstáculos – apesar da minha atitude bastante desrespeitosa para com um familiar falecido.
Mais tarde tive oportunidade de me explicar e de lhe pedir desculpa pela minha sobranceria, pois na terceira noite acabámos por nos render a uma conversa não hostil e ele explicou me a sua situação de alma penada. Afirmou que os Moniz que são alvo de morte violenta têm certa propensão para assombrar os locais que habitaram, enchendo os de melancolia e revolta pela sua triste situação de defuntos. Com o meu tio Casimiro passar se ia o mesmo, apesar, ou talvez com a agravante, de a violência ter nascido do seu próprio punho e não do punho de terceira pessoa.
Devo referir desde já que não aceitei esta explicação de boa mente. A minha atitude eminentemente racional, herdada do papá, levava me a pôr em causa a sua existência como fantasma e a inclinar me antes para uma explicação mais material – nomeadamente a de que, por algum efeito bizarro, naquelas conversas nocturnas eu estaria de facto a dormir e a ter vívidos sonhos, mas que o meu hábito de insone me fazia crer estar acordado.
Com uma capacidade argumentativa e racional que o seu modo de expressão não fariam suspeitar, o tio Casimiro apontou algumas inconsistências na minha teoria, observando, por exemplo, que ambos podíamos contar em uníssono os toques do relógio do tio avô Hermínio ou os latidos dos podengos do papá. E, para confirmar a realidade da sua existência, transmitiu me alguns conhecimentos de que eu não dispunha, como a localização das jóias de família da mamã ou o esconderijo da colecção de pornografia do papá – descoberta com que pretendo confrontar este muito em breve.
Tais descobertas abalaram as minhas convicções racionais e levaram me a outras pesquisas.
Vasculhando a bem fornecida biblioteca familiar, consultei várias obras sobre ciência, que se revelaram demasiado materialistas para o meu problema. Estando a biblioteca desprovida de estudos de psicologia ou psique humana, estudos que, julgo já ter referido, eram alvo de total desprezo por parte do papá e da mamã, entretive me durante algumas noites a folhear alguns tomos que encontrei na parte mais alta das estantes, e que, segundo sabia, teriam vindo do Egipto como espólio do tio Álvaro Filipe, que desaparecera ao investigar alguns túmulos do Vale dos Reis. Grande amante do saber e do desconhecido, após o seu desaparecimento apenas nos fora remetida alguma roupa e objectos pessoais, doados à caridade, e uma série de livros que o papá folheara durante algum tempo antes de se decidir a colocá los na estante mais alta do recanto mais escuro da biblioteca doméstica. As obras davam por nomes estranhos como Livro de Dzyan, Necronomicon, A Chave de Salomão, Pert Em Hru, Manuscritos Pnakóticos, Liber Ivonis, entre outros, e estavam em várias línguas, o que, para a minha esmerada educação, não constituiu problema.
Numa primeira leitura enfastiou me o estilo rebuscado e repetitivo dos textos e a abundância de referências desconhecidas, mas a minha curiosidade e algumas descrições que se aproximavam da minha própria experiência levaram me a insistir na leitura. Li os uns atrás dos outros e a sua lógica estranha mas, de alguma forma, racional, deixou me bastante perturbado.
Tomei conhecimento de esquecidas civilizações avançadas, entidades inteligentes não humanas, seres colossais para quem a raça humana não passava de um mero incómodo, entes de loucura surgidos das arestas do tempo e do fundo da inconsciência e que fazem do mundo o lugar vil, cruel e brutal de que o papá e a mamã tanto se esforçaram por me proteger.
Tive oportunidade de conversar sobre estas questões com o tio Casimiro, que parecia conhecer bastante bem os livros que eu lera e me confirmou grande parte das minhas suspeitas de que não havia esperança possível para este mundo. Tinha sido essa percepção, na verdade, que o levara a cometer o seu acto suicida, do qual, afirmava, não se arrependia, pois considerava a imortalidade fantasmagórica uma condição de vida muito mais racional e apetecível do que a existência física sob o constante terror da morte, da perda e do sofrimento. As suas palavras afectaram me muito e, após reflectir um pouco, perguntei lhe se não seria melhor que eu próprio me suicidasse. O tio Casimiro foi bastante ponderado e disse me que essa era uma escolha pessoal, na qual ele preferia não intervir. Explicou me que seria necessário ter uma morte violenta e dolorosa, embora a recompensa fosse a libertação da dor e de todas as necessidades e perigos corporais. No entanto, entre outras limitações, não era possível sair de casa e sofria se de alguma solidão, que, no seu caso, só se atenuara no convívio comigo. Reflecti sobre estas observações e observei que na verdade eu já mal saía de casa e, depois de conhecer os horrores sobrenaturais que havia para lá dos seus muros, perdera de todo a vontade de explorar o mundo. A perda das necessidades físicas parecia me claramente uma vantagem no meu caso. Embora provavelmente fosse sentir a falta dos cozinhados da Maria dos Anjos e das massagens de Ricardina, pelo menos também ficaria livre das insónias, com que me conformara a passar o resto da vida. Quanto mais pensava no assunto, mais esta me parecia a decisão certa e comecei a tomar medidas para tratar o mais rapidamente possível do caso.
A fim de preparar o papá e a mamã, tive uma conversa com esta onde abordei, de forma um pouco oblíqua, a possibilidade de eu morrer. A mamã ficou apavorada e quis logo chamar todos os médicos ao serviço da família. Consegui convencê la de que falava apenas de forma muito remotamente hipotética, mas a experiência demonstrou como a minha morte seria um pesado fardo para os meus pais, que depositavam em mim a esperança de um matrimónio com a menina Leonor, a filha mais velha dos Álvares Pereira, unindo assim duas famílias de glorioso passado.
Conversei sobre este problema com o tio Casimiro, que admitiu a dificuldade e sugeriu que a melhor opção seria a de os tentar convencer de que esta seria a minha escolha e aquela que me deixaria mais feliz.
Levei a ideia por diante, discutindo com o papá as vantagens da vida além morte. O papá escutou me em silêncio, bebeu um gole de conhaque, como costumava fazer antes de emitir um dos seus ditos espirituosos, e ficou calado. Uma hora depois fui visto pelo doutor Freitas e por mais meia dúzia de médicos que só conhecia vagamente, que me declararam fisicamente bem, mas algo debilitado mentalmente devido às insónias.
Confirmei assim, em definitivo, que a minha família não aceitaria de bom grado a minha opção e, em conversa com o tio Casimiro, este também considerou que, sem evidências palpáveis, a minha família não levaria a bem o meu suicídio.
Reflecti profundamente sobre esta questão das evidências palpáveis. Nessa meditação ocorreu me que, embora a conversa com o tio Casimiro fosse de grande interesse intelectual, iria sentir a falta da ironia do papá, dos cuidados da mamã e do afecto da minha irmã. Na verdade, era esta sensação de falta – saudade, como diria o grande escritor Teixeira de Pascoais que me levava a hesitar, até me surgir uma ideia muito simples que resolvia todos os meus problemas.
A ideia era tão clara, tão sensata, tão inegável no seu valor, eficácia e generosidade, que não esperei para conversar sobre ela com o tio Casimiro. Dirigi me de imediato à sala de costura onde espetei uma agulha de tricô na garganta da mamã. Esta tombou do sofá onde estava sentada, sem pronunciar uma das suas sábias sentenças e olhando me atónita enquanto a vida lhe escorria dos olhos. Tratei em seguida do papá e de minha irmã segundo o modo como referi antes e não deixei de degolar também a Maria dos Anjos, não fosse ser precisa a sua ajuda no além.
Fui tão prático e metódico nas minhas acções que ao anoitecer já tinha trazido toda a família morta para o meu quarto. Contemplei os com uma profunda sensação de felicidade, sabendo que a generosidade do meu acto os poupara a uma vida física de horror, sofrimento e morte e de que poderia contar para todo o sempre com a sua eterna companhia no além.
Dirigi me então à estufa, de onde extraí o pólen das corolas dos crisântemos africanos, e cujas propriedades conhecia das minhas frequentes leituras. Tomei uma pequena refeição improvisada à hora habitual, regando a com um vinho velho onde misturara uma boa dose do pó dos crisântemos. Também considerara a hipótese de usar uma das pistolas do papá, mas não me agradava a ideia de ir para o além túmulo de corpo desfigurado como o tio Casimiro. E estou certo de que isso também não agradaria ao resto da família. Por isso agora ocupo me a redigir esta pequena explicação a fim de ordenar na minha cabeça as razões que darei aos meus pais e à minha irmã. Possivelmente o mesmo papel servirá para justificar à restante criadagem e familiares o motivo das minhas acções. Esperava que o tio Casimiro estivesse aqui para me ajudar a articular as ideias, mas hoje está a demorar se um pouco, o que não é habitual nele. Vou reler algumas vezes este texto para fixar bem os argumentos, enquanto espero que o veneno dos crisântemos surta efeito, causando me convulsões, náuseas e paralisia muscular e respiratória. Essa será a parte mais difícil, receio, e bem que gostaria que o tio Casimiro estivesse aqui para me dar algum apoio moral. Tinha prometido fazê lo no caso de eu me decidir a avançar com o suicídio. O que o poderá estar a demorar tanto?
Conto originalmente publicado na revista Bang! 9
[author] [author_image timthumb=’on’]http://revistabang.com/files/2013/09/4.jpg[/author_image] [author_info] Jorge Palinhos nasceu em 1977. Colaborou com o Jornal Universitário do Porto, as revistas 365, aguasfurtadas e Drama. Escreveu peças de teatro apresentadas em Portugal e no Brasil, pelas quais recebeu o prémio INATEL – Miguel Rovisco e o Prémio Manuel Deniz-Jacinto. Escreveu guiões de curtas-metragens de animação e imagem real e de duas série para a internet. Participou ainda nas antologias “More Tales of Terror”, editada nos Estados Unidos por Pagan Publishing, e “Almanaque do Dr. Thackery T. Lambshead de Doenças Excêntricas e Desacreditadas”, editado pela Saída de Emergência. Publicou recentemente o livro “Histórias sem Jardins” pela Cultureprint.[/author_info] [/author]