Benjamim Tormenta voltou!
O segundo volume está já pronto para as livrarias, mas antes queremos relembrar porque é que vale tanto a pena conhecer Benjamin Tormenta.
Está prestes a sair para as livrarias o segundo volume das aventuras do personagem mais enigmático da coleção BANG!, e se tu ainda estás a pensar se te vais arriscar a ler as aventuras de Benjamim Tormenta, nós vamos partilhar aqui alguns conteúdos nos próximos dias que te vão deixar sem dúvidas e que vão fazer-te querer mergulhar de cabeça em cada conto e resolver todos os mistérios com o primeiro detetive do oculto.
Achamos que uma boa forma de começar é dando a conhecer mais intimamente o personagem principal destas páginas e páginas de aventuras e a Lisboa do século XIX.
( Este texto que se segue pode também ser lido numa das nossas edições da Revista Bang! que é como tu sabes, a nossa publicação distribuída gratuitamente em todas as FNAC, com os melhores conteúdos da cultura Pop e Fantástica.)
Na Lisboa do século XIX havia mistérios que mais ninguém ousava investigar![]()
Quem é Benjamim Tormenta, o famoso detetive do oculto que se move na Lisboa do século XIX? Figura elegante e misteriosa, tanto é avistada nos salões luxuosos da capital como nas ruelas decadentes de Alfama, em palacetes abandonados em Sintra ou casas de ópio de Macau.
Cruzando-se com figuras como o rei D. Luís, Fontes Pereira de Melo ou Eça de Queirós, ele usa as suas habilidades na Lisboa secreta: a dos deuses negros convocados por burgueses ociosos, das aberrações vindas do outro lado do Cosmos, dos livros amaldiçoados e da mais perigosa sociedade secreta do império português: a Irmandade da Serpente Verde.
O que poucos sabem é que também Tormenta esconde um segredo tenebroso. Preso no seu corpo pela magia de muitas tatuagens está um demónio milenar que se quer soltar e espalhar a destruição, primeiro em Lisboa e depois no mundo.
As origens da personagem
Mas como nasceu exatamente Benjamim Tormenta? Tudo começou com a vontade de criar um investigador do sobrenatural. Não queria que vivesse nos nossos dias, teria de ser noutra época histórica, quando parecesse que o mundo ainda tinha segredos e lugares escuros. Hesitei bastante entre os anos vinte/trinta do século passado e a Era Vitoriana. Ambos os períodos fazem parte do meu imaginário pop, mas se o primeiro me recorda Indiana Jones (o meu herói absolutamente favorito do cinema) ou H. P. Lovecraft (a minha primeira referência do horror), o segundo evoca autores que influenciaram toda a literatura fantástica: Bram Stoker, Júlio Verne ou Rider Haggard, e clássicos modernos de Alan Moore a Mike Mignola e séries de TV como Taboo ou Penny Dreadful. Também não queria que a ação se desenrolasse em Londres ou Nova Iorque: essas cidades já têm centenas de obras a desenrolar-se nas suas ruas. O cenário teria de ser Lisboa, a minha Lisboa; e, porque ninguém amou ou descreveu melhor a cidade do que Eça de Queirós, seria a Lisboa da segunda metade do século XX. Escolhi 1873 como o ano da primeira aventura pois é exatamente 100 anos antes de eu nascer.
Quem é Benjamim Tormenta?![]()
Quem é este detetive do oculto a quem chamam bruxeiro? Movimenta-se pela Lisboa do século XIX, transporta consigo um demónio que se autodenomina divindade, o seu passado é tão nebuloso como as tatuagens que carrega no corpo. Habitado pelas trevas, recusa-se a ser tomado por elas, e as suas ações alternam entre as de um herói amaldiçoado e as de um anti-herói que procura redenção. Os produtores Benioff e Weiss, quando propuseram à HBO a série Guerra dos Tronos, descreveram-na como Os Sopranos no mundo de O Senhor dos Anéis. Achei o máximo! Eu diria que o mundo do bruxeiro são os Ficheiros Secretos na Lisboa de Eça de Queirós… a que adicionei pinceladas de H. P. Lovecraft e Mike Mignola.
Tanto quanto me foi possível indagar, é o primeiro investigador do paranormal da literatura nacional. Cada conto lê-se como o episódio de uma série de TV, oferecendo uma história completa; mas depois há um arco narrativo mais extenso que liga todos os contos, e é nesse arco que o passado e os segredos do personagem vão sendo revelados. De resto, vejo este livro como uma carta de amor a Lisboa, uma viagem ao final do século XIX da nossa capital (recriada com centenas de horas em pesquisa), e uma homenagem a Eça de Queirós a quem fui buscar tudo o que pude – menos o talento, que é único.
O futuro do bruxeiro
Está já em pré-venda segundo volume com as aventuras de Benjamim Tormenta. O primeiro conto passa-se no Egipto e ficou enorme, é quase um pequeno romance: a trama é bastante complexa, com múltiplas personagens e linhas temporais. Este segundo volume será mais internacional e conto levar o personagem a alguns dos lugares mais fascinantes do mundo vitoriano: Constantinopla, América do Sul, Londres, Tibete.
Suspeitamos que já estão com água na boca para conhecer melhor todas as personagens e tramas, por isso deixamos aqui os links para o site da SDE onde podem comprar os dois volumes.

